Projeto de Relocalização da Área Crítica de Paramos

Ambiente e Ordenamento / Gestão da Paisagem

Cliente: Câmara Municipal de Espinho
Ano: em elaboração
Equipa: HLand

O estudo/projeto de relocalização da área crítica localizada no aglomerado de Paramos é apoiado pelo Fundo Ambiental, enquadrando-se no âmbito da adaptação às alterações climáticas, com particular relevo nas ações na zona costeira – por se tratar de um troço com elevada vulnerabilidade à erosão costeira e ao galgamento oceânico e onde a exposição territorial das ocupações edificadas a esses riscos é maior.

Neste âmbito, a área crítica de Paramos foi identificada como uma área costeira onde, em face da suscetibilidade aos riscos costeiros e da respetiva ocupação, deve ser levada a cabo uma intervenção prioritária de adaptação, em termos de salvaguarda de pessoas, bens materiais e valores naturais.
Trata-se de uma área onde fatores naturais e antrópicos se conjugam de forma bastante íntima, carecendo de soluções que articulem a proteção dos sistemas naturais, a valorização das dinâmicas sociais e culturais existentes, bem como a garantia de segurança de pessoas e bens. Nesta ótica, os princípios subjacentes ao modelo de intervenção, que se encontra atualmente em desenvolvimento, são quatro: 1) abordagem ecossistémica, considerando os ecossistemas marinhos e terrestres presentes ou que condicionam a área de intervenção como elementos fundamentais para a salvaguarda da orla costeira; 2) gestão adaptativa, considerando estratégias que se possam ir adaptando continuamente aos resultados das intervenções, de modo a se adequarem a novas situações que venham a ocorrer no futuro; 3) gestão integrada, considerando uma abordagem multidisciplinar, intersectorial e transversal, gerando soluções articuladas onde são ponderados os interesses dos vários atores, fortalecendo a adaptabilidade das decisões; e 4) cooperação territorial e articulação institucional, envolvendo todos os atores fundamentais no planeamento, gestão e desenvolvimento da orla costeira.

A proposta de intervenção para a área crítica de Paramos exige, assim, um estudo pluridisciplinar e um envolvimento constante da população em presença, tendo em conta as características da área de intervenção, sendo fundamental ponderar no decurso dos trabalhos a relação do Homem com a Natureza, de acordo com os seguintes princípios de intervenção:

a) Contribuir para a recuperação deste troço da orla costeira, nomeadamente consolidando o cordão dunar;

b) Contribuir para o equilíbrio entre a natureza (nomeadamente o galgamento oceânico) e o remanescente aglomerado;

e c) Contribuir para a definição e conceção das diferentes ‘tipologias de espaços’ em função dos “usos”, das “atividades” e das “identidades”.


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